quarta-feira, 21 de maio de 2014

PARALISAÇÃO DO DIA 21/05: TOTAL APOIO ÀS TRABALHADORAS E AOS TRABALHADORES!

PARALISAÇÃO DO DIA 21/05: TOTAL APOIO ÀS TRABALHADORAS E AOS TRABALHADORES!

Nesta quarta-feira (21/05), após Assembleias ocorridas nos últimos dias pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e pela Adusp (Associação dos Docentes da USP), trabalhadoras e trabalhadores da Universidade de São Paulo paralisaram suas atividades em razão das últimas medidas tomadas pelo reitor Marco Antônio Zago com vistas a conter a crise financeira da entidade.

Como se sabe, a gestão de João Grandino Rodas deixou uma situação de absoluto descontrole das contas da Universidade, a ponto de seus recursos serem incapazes até mesmo de cobrir o quadro de empregadas e empregados. Zago decidiu, por isso, congelar os salários de todas e todos, o que significa que em 2014 não haverá nenhum reajuste a qualquer setor. Tal decisão foi tomada em conjunto com as reitorias da Unesp e da Unicamp, sem nenhuma discussão prévia com a comunidade.

O Centro Acadêmico XI de Agosto - Gestão Coletivo Contraponto manifesta total apoio à paralisação desta data, uma vez que vem de encontro a uma reivindicação de plena legitimidade da categoria. O atual cenário econômico em que se encontra a USP é fruto, como se sabe, de equivocadas decisões da reitoria nos últimos anos - sempre tomadas de forma autoritária e sem nenhum diálogo com a comunidade acadêmica -, tais como a aquisição de imóveis milionários, o pagamento de supersalários a uma quantidade de docentes etc.

Dessa maneira, é inadmissível que a conta de tais dispêndios seja paga pela classe trabalhadora, cujo poder de compra se esvairá ao longo do ano. Vale lembrar que a USP já conta, há algum tempo, com o deplorável regime de terceirizacão de trabalhadoras e trabalhadores, que consiste num modo perverso de emprego de mão de obra responsável pela precarizacão de seus direitos. Além disso, também é inaceitável que sejam cortadas verbas destinadas à pesquisa, ao intercâmbio e à permanência estudantil, o que significaria uma completa subversão do caráter público da Universidade.

Por trás de todas essas questões, deve-se ter em consideração que o quadro vigente é sintomático da estrutura vertical e autoritária da Universidade de São Paulo, cujas decisões se concentram em uma fina camada de docentes. É necessário criar a democracia na instituição, dando espaço equânime a estudantes e trabalhadores/as nos espaços de deliberação e ampliando a participação da comunidade acadêmica na condução desta Universidade.

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