segunda-feira, 11 de março de 2013

¡Dia Internacional de Luta das Mulheres!


O Oito de Março, popularmente conhecido como Dia Internacional da Mulher, é constantemente lembrado por muitos e muitas de nós como a data de se felicitar com flores ou presentes aquelas mulheres que fazem parte de nossas vidas. O que se deixa de lado, na verdade, é que a data é simbólica por remeter a uma trajetória e uma história maiores das lutas feministas, o que resulta em um dos dias do ano de maior manifestação e luta das mulheres.

Sua origem data de 1857, por conta de uma greve geral de trabalhadoras tecelãs de uma fábrica em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em que a reivindicação por condições mais dignas de trabalho custou-lhes a vida. Trancadas dentro da fábrica, esta foi incendiada. Suas vozes, contudo, mantiveram-se ecoantes até que, em 1910, na 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, na Dinamarca, foi declarada por Clara Zetkin, feminista histórica, como data oficial da luta internacional das mulheres.

Desde então, a luta feminista carrega consigo diversas vitórias como a inserção das mulheres no mercado de trabalho, a possibilidade do voto feminino, o direito ao divórcio e a inserção de mulheres no espaço da política. Como forma de relembrar essas lutas, o Oito de Março se solidifica. Mas o que leva milhares de mulheres às ruas é a reivindicação de demandas fundamentais para o respeito à mulher, a luta por uma igualdade de fato que não as diferencie e hierarquize com inferioridade por seu gênero, por serem mulheres.

Isso porque, importante ressaltar, apesar dos avanços conquistados, o machismo ainda é existente na nossa sociedade. A mulher adentra o mercado de trabalho, mas tem um teto de vidro construído socialmente por uma divisão sexual que as coloca em posições diminuídas e as obriga a duplas jornadas de trabalho. Mesmo com o direito ao voto, os espaços políticos são majoritariamente masculinos, além de as políticas públicas para mulheres sofrerem inúmeros entraves para a sua efetivação. O cotidiano das mulheres é atacado com assédios morais e sexuais, violência e controle de sua sexualidade.

Dentro do ambiente da própria universidade, situações degradantes ocorrem com as mulheres como as atitudes contra a Frente Feminista da USP São Carlos em sua manifestação do Miss Bixete e algumas tarefas do IntegraPoli. Essa realidade demonstra como a discussão sobre o enfrentamento ao machismo e ao patriarcado são essenciais para uma transformação real da nossa sociedade.

Neste ano, o ato tem como tema o combate à violência contra a mulher em suas variadas formas. É preciso perceber como o racismo, a lesbofobia, a homofobia e a divisão de classes influenciam de maneira gritante à manutenção de desigualdades perversas e impeditivas na construção de uma realidade justa para todas e todos. O amplo campo de atuação do movimento feminista, ao exigir o combate de toda e qualquer opressão que estruture a sociedade, é fundamental para que consigamos uma sociedade verdadeiramente igualitária. Por isso, convidamos todas e todos a fazer parte desta luta! ¡C!

Convidamos todos e todas ao Ato 8 de março
Concentração Praça da Sé, 13hrs – Centro SP
Mulheres em luta contra a violência
machista, racista e lesbofóbica!”