quarta-feira, 12 de março de 2014

Terceirização e Precarização no Mundo do Trabalho - Calourada XI de Agosto 2014

Terceirização e Precarização no Mundo do Trabalho

A terceirização é uma prática empresarial que surge em meados dos anos 70 e que se consolida no mercado em meados dos anos 90. Olhando pela ótica do empregador, esse processo surge com dois principais propósitos: o primeiro de caráter econômico, pois permite aos patrões uma diminuição de custos com a exploração da mão de obra. O segundo possui caráter notadamente político: a fragmentação da unidade dos trabalhadores, especialmente no que tange as suas representações sindicais.

A fragilização política a que os trabalhadores terceirizados são submetidos permite em muitos casos que seus direitos trabalhistas sejam completamente desrespeitados. Ao tolher os trabalhadores de se organizarem politicamente para exigir melhorias salariais e de condições de trabalho, a terceirização se mostra atualmente como um dos principais fatores de precarização do trabalho em nossa sociedade.

Este é um tema muito caro para a comunidade franciscana, tendo em vista os recentes casos de desrespeito aos direitos de trabalhadores terceirizados na faculdade. Qualquer funcionário da Higilimp, empresa terceirizadora, que denunciasse alguma ilegalidade ou abuso patronal, era rapidamente transferido para outro posto de trabalho, muitas vezes para lugares ainda mais distantes de sua residência, como forma de punição por ter se manifestado.

Como ironicamente cantou Gonzaguinha: “Você deve aprender a baixar a cabeça / E dizer sempre: "Muito obrigado" / São palavras que ainda te deixam dizer / Por ser homem bem disciplinado”. É este o Direito Trabalhista que queremos? O que a sociedade, os tribunais e os legisladores podem fazer para reverter esse acelerado processo de precarização do trabalho?

Venha formar sua opinião em mais um evento da Calourada do XI, nesta quarta-feira, 12 de março, às 11h, no Pátio das Arcadas (se chover, na Sala d@s Estudantes)!

Presença confirmada de:

Jorge Luiz Souto Maior (professor de Direito da Trabalho da São Francisco)
Alexandre Pariol (Sindicato dos Trabalhadores da USP SINTUSP)
Ruy Braga (sociólogo e professor FFLCH/USP)

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