O racismo está presente na sociedade brasileira, e se revela muitas vezes explicitamente nas estatística de oportunidades de estudo, emprego, e nas posições de poder político e econômico.
Na USP, vanguarda do atraso, ainda não há qualquer política afirmativa de acesso baseada em cotas raciais e sociais. A falta de empoderamento d@ negr@ enquanto protagonista da sociedade se revela na composição étnica-racial da universidade. Enquanto as federais brasileiras enfim começam um processo de democratização racial e econômica de suas vagas, impulsionadas pela Lei de Cotas, a USP permanece com menos de 15% de seus matriculados negr@s (no curso de Direito, cai a menos de 10%), num país em que mais da metade das brasileiras e dos brasileiros é negra.
O racismo nos números também se mostra no assassinato em massa da juventude negra e pobre das periferias das grandes cidades: pesquisa recente da UFSCar mostra que dois terços das mortes ocasionadas pela violência policial tem como vítimas jovens negr@s. As recentes agressões racistas no futebol (muitas vezes objeto de anuência das organizações dos jogos, posto que materialmente os agressores ficam impunes), por exemplo, são face explícita da ignorância e do preconceito.
O recente caso do jovem agredido (e ameaçado de morte) no campus Ribeirão da USP, contra um dos poucos estudantes de Direito negro da Universidade de São Paulo, é mais uma ocorrência que mostra como o racismo é uma realidade absolutamente próxima de todas e todos nós. Este vídeo relata o ocorrido, feito pela Frente Contra Opressões do Campus da USP de Ribeirão Preto e pela mídia Antimatéria.
Que nos sirva de reflexão e debate, assim como de estímulo para seguirmos adiante em nossa luta!
Centro Acadêmico XI de Agosto - Gestão Coletivo Contraponto2014
http://youtu.be/JzunbuuC2ZU
Nenhum comentário:
Postar um comentário