Frente a um grande descontentamento e ao enorme vazio na política acadêmica enfrentados nos último anos, surge o Coletivo Contraponto, uma real alternativa de esquerda no movimento estudantil do Largo São Francisco e da USP.
Por entender o movimento estudantil como agente político fundamental no processo de mudanças da sociedade e um qualifcado polo de discussões acerca dos mais variados temas de relevância acadêmica e nacional, é que nos organizamos. Acreditamos que a missão do movimento estudantil é o aprofundamento da democracia brasileira e a superação das injustiças sociais.
Surgimos como um real contraponto ao tipo de política que vem sendo feita nasArcadas: puramente eleitoralista, sempre acompanhada de personalismos, fsiologismos, egolatrias, carguismos e que tanto afastou e desencantou os alunos do Largo, outrora privilegiado propulsor de novas ideias e de transformações na realidade brasileira.
De um lado, um grupo que gere o CentroAcadêmico há muitos anos: inerte, despolitizado e apático, que trata uma entidade política como um simples prestador de serviços e organizador de baladas. De outro, um grupo que efetivamente não faz nenhuma oposição real e reproduz uma lógica burocrática, tacanha e auto-referenciada, repetidor exaustivo de chavões decorados, muitos deles anacrônicos.
O que se viu na disputa eleitoral ano passado foram divergências meramente formalísticas em detrimento de qualquer debate mais sério de conteúdo ou de pautas. Os estudantes não podem ser reféns de uma dicotomia tão pobre e pouco representativa. O que se vê na disputa política franciscana recentemente tem, inclusive, beirado o caricatural. Debates fundamentais não podem continuar sendo solenemente ignorados.
Como um contraponto ao que se diz e ao que se faz atualmente nas Arcadas, combatemos
o velho e ainda tão presente senso comum do pensamento conservador. Nos unimos por uma Universidade profundamente pública no acesso, democrática no conteúdo, e popular no ensino.
Que enxerguemos todos os estudantes enquanto atores políticos da transformação da realidade social do país, cerrando fleiras ao lado dos trabalhadores, dos movimentos sociais e das demais forças progressivas atuantes. Que nosso Coletivo seja o instrumento de nossas lutas e espelho de nossos sonhos, e não palco de meras vaidades individuais expostas desnecessariamente no espaço público. Por um Brasil socialmente mais justo, verdadeiramente democrático, pelo tomada de consciência política dos estudantes.
Nossa identidade é política. É coletiva.
É tempo de esperança, de pensar e escrever uma nova esquerda no Largo. ¡C!
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