e os nossos graves problemas de infraestrutura
Na última terça-feira, dia 11, os problemas da estrutura administrativa rígida,
vertical e pouco democrática de nossa Faculdade se manifestaram novamente, desta
vez através de uma repentina interdição do Edifício Cláudio Lembo (ou Anexo II),
que, de acordo com análise especializada de engenheiros da USP, sofre de risco de
desabamento.
A remoção de última hora acarretou diversos prejuízos à Faculdade, tais
como deslocamento de departamentos, a mudança repentina do local de trabalho de
diversos funcionários da Faculdade, bem como o desalojamento do Centro de
Idiomas XI de Agosto --o qual agora tem sua administração provisoriamente
instalada sob as escadaria direita do prédio histórico da faculdade.
O Edifício, anexado durante a gestão de João Grandino Rodas frente à
Diretoria, foi prometido como local temporário de trabalho. O que duraria seis
meses permaneceu inalterado por sete anos, sem maiores esclarecimentos. O
edifício não tinha luz elétrica em boa parte de seus andares e não contava com
elevadores em funcionamento. Nesse meio tempo, resta clara a irresponsabilidade
administrativa de manter parte do corpo de funcionários e alguns espaços
destinados aos estudantes em um prédio de onde a qualquer momento se poderia
ter a notícia de uma tragédia.
São notáveis o descaso e a negligência da administração da Faculdade com
relação a algo tão vital e básico quanto a manutenção de suas estruturas físicas.
Sistematicamente nossa Unidade, por falta de vontade política e de projetos
concretos, devolve verbas à Universidade. É bom lembrar que por anos a fio
recebemos um aporte milionário voltado justamente à infraestrutura dos espaços de
ensino (o chamado pró-Ed), mas que, por falta de projeto, ano após ano, é devolvido.
Tendo isso em vista, faz-se necessário sublinhar que o compromisso, firme e
consequente, de garantir uma melhor utilização das verbas públicas destinadas à
Faculdade é o mínimo que a comunidade discente deve exigir de uma administração
que se diz comprometida com o bem estar físico de nossa Unidade e com o interesse
dos alun@s.
Tanto a interdição do Cláudio Lembo quanto o problema das matrícula
convergem para o desafio da democratização
da Faculdade. É necessária a reformulação da
estrutura administrativa, de modo que uma
maior parcela da Faculdade seja ouvida e tenha suas necessidades e reivindicações
atendidas.
Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2014
Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2014 Reunião aberta sobre a questão das matrículas
O presidente da Comissão de Graduação, prof. Heleno Torres, assinou a Deliberação
nº02/2013 em 9 de setembro de 2013, período diretamente ligado à greve de agosto.
Essa deliberação dispõe sobre a oferta de disciplinas optativas e os requisitos para
@s estudantes efetuarem suas matrículas.
Em 9 de dezembro, no início da segunda interação de matrículas, a Seção de
Alunos encaminhou e-mail a tod@s estudantes dando destaque para o artigo sexto
de tal deliberação:
“Artigo 6º - Na matrícula o aluno indicará as disciplinas obrigatórias
que poderá cursar, e os respectivos números das turmas escolhidas,
vinculadas ao seu ano, período e turma ideais.“
Atualmente, grande parte da comunidade estudantil sofre com os efeitos
desse dispositivo. A exigência da turma ideal proíbe a busca pela grade curricular
mais próxima aos interesses acadêmicos d@s alun@s. Disciplinas ministradas por
professor@s diferentes muitas vezes apresentam diferenças enormes de conteúdo,
que implicam formações em escolas de pensamentos divergentes.
Tendo em vista o desejo d@s estudantes, o Centro Acadêmico XI de Agosto
entrou em contato com a Comissão de Graduação para a análise das alternativas.
Para maiores esclarecimentos, o XI de Agosto convida tod@s para a “Reunião
sobre a questão das matrículas” na segunda-feira (24.02) às 19h e terça-feira (25.02)
às 10h.
Cf. Deliberação nº 02/2013 in:
http://www.direito.usp.br/graduacao/arquivos/deliberacao_cg fd_02_2013.pdf